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A desvalorização do cinema brasileiro por seu próprio povo

Atualizado: 2 de dez. de 2022

Pesquisa ouve 2,2 mil pessoas e revela que 57% viram os filmes nacionais poucas

vezes, 24% muitas vezes e 19% nunca foram prestigiar um filme brasileiro


Por Larissa Reis


Criador: Akash



Uma pesquisa realizada no ano passado (2021) pelo veículo Folha de São Paulo e

Itaú Cultural, mostrou que o cinema nacional, não é uma potência entre os

brasileiros. Foram entrevistadas 2,2 mil pessoas e uma taxa de 19% admitiram

nunca ter ido às salas de cinema para assistir uma obra nativa do Brasil. Outros

57% disseram já ter visto, porém poucas vezes e apenas 24% veem com

frequência.




Ainda nessa pesquisa, os meios em que os brasileiros assistiram as produções

nacionais, foram analisados: 39% na TV, 30% em streamings, 17% na internet e

12% nos cinemas.




Apesar de no mesmo ano em que foi realizada a pesquisa acima, ter sido aprovado

pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, um projeto que visa a

obrigatoriedade da exibição de filmes nativos nas telas de cinema, os brasileiros dão

mais notoriedade para as produções internacionais. Em novembro (2021), enquanto

o longa Eternos, alcançou a marca de 1,43 milhões de ingressos vendidos,

Marighella (filme brasileiro que mais foi aclamado naquele período, tendo Wagner

Moura como diretor e Seu Jorge como protagonista), tinha vendido 96,3 mil.

Analisando o faturamento, o filme americano até então estava com US$ 380 milhões

e o brasileiro com R$ 2 milhões.





Segundo dados divulgados pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), em 2021, o

cinema gerou de renda R$ 828 milhões, sendo somente 11 milhões levantados com

os filmes nacionais.




Além da influência de Hollywood, acredita-se que os custos elevados de produções

e a inexistência de interesse dos patrocinadores, sejam prováveis motivos da

desvalorização do cinema brasileiro por seu próprio povo. Em contrapartida disso, a

Ancine, concede benefícios fiscais em troca de patrocínio financeiro as obras

brasileiras. Mesmo assim, a falta de exibições, faz com que não haja lucros.

Obviamente, sem espectadores, não há retornos financeiros.




De acordo com Fernando Imperator, crítico de cinema e apresentador do Conacine

(Congresso Nacional de Cinema), o cinema é uma indústria, como qualquer outra, e

precisa de empresas e pessoas interessadas naquele produto para ter lucro.

Enquanto as pessoas não começarem a acompanhar mais o cinema nacional, será

difícil o seu desenvolvimento.



Clique e ouça aqui a transcrição da notícia






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