Por trás de um assassino – Conhecendo mais a fundo a série Jeffrey Dahmer: Um Canibal Americano

Após o lançamento da série documental da Netflix sobre o assassinato de Jeffrey Dahmer, o caso vem ganhando mais visibilidade nas redes sociais.

Por Karina Sales

“Dahmer: Um Canibal Americano”

Lançada no dia 21 de setembro de 2022, a série Dahmer: Um Canibal Americano ficou entre as séries mais popular da plataforma de streaming em todos os tempos. Cerca de 56 milhões de lares já consumiram todos os dez episódios, equivalente a aproximadamente 8,8 horas no total, da minissérie até o momento.

Sobre a série

A série conta a história do serial killer Jeffrey Lionel Dahmer, que morava em Milwaukee, Wisconsin, Estados Unidos. Nasceu 21 de maio de 1960, filho de um instrutor de teletipo (uma antiga máquina de escrever) e uma estudante de química.

Desde sua infância Jeffrey era descrito como uma criança quieta. Foi criado em um lar muito conturbado onde vivenciava diversas brigas dos seus pais. Sua mãe sofria de depressão e seu pai começou a ser muito ausente depois que começou a estudar em uma universidade. Ainda em sua infância teve de fazer uma cirurgia para corrigir uma hérnia dupla com apenas três anos.

Segundo relatos, desde pequeno Jeffrey começou a demonstrar interesse por animais mortos, especialmente pela parte dos ossos, logo notando o interesse do filho, seu pai começou a ensinar como branquear e preservar ossos de animais. A partir disso Dahmer começou a coletar atropelamentos para que pudesse dissecá-los e adicionar mais ossos à sua coleção.

Ao longo de sua adolescência começou a beber bastante dizendo para seus colegas que o álcool era apenas um “remédio”. Os professores alegavam que apesar de tudo, ele possuía um grande potencial acadêmico e suas notas eram dentro dos padrões. Ainda em sua juventude, Jeffrey começou a se descobrir sexualmente chegando até se relacionar com garoto, mas não contou aos seus pais pois desde essa idade já vivenciava um lar conturbado sem a presença deles.

Segundo relatos, Jeffrey sentia muito o desejo de poder controlar as pessoas com que se relacionava. Tudo começava com uma pequena atração e acabava em uma obsessão que levava ao assassinato dos jovens com que se relacionava.

“- Eu não parecia ter o sentimento normal de empatia.

Advogada do caso:

- Você já pensou consigo mesmo: Por que não tenho sentimentos que pessoas normais têm?

- Eu me perguntava isso. Começou com fantasias. Sempre começava fantasiando e, no fim, parecia que as fantasias viravam realidade.”

Imagem: Mix de Séries

Em 1979 seu pai pediu para que se alistasse no exército com a esperança de que isso ajudasse o filho resolver suas questões, porém foi dispensado em 1981 por conta do alcoolismo. Após isso, seu pai, Lionel o mandou morar com a avó pois era a única pessoa que ele demonstrava ter um pouco mais de respeito. Ele chegou a trabalhar em diversos lugares, até mesmo como flebotomista e por um tempo ficou desempregado. 

O primeiro assassinato aconteceu no mesmo ano, após terminar o colégio, quando se interessou por um mochileiro chamado Steven Hicks.

Jeffrey se atraia por homens com um certo tipo físico, ele convidou o jovem para ir tomar algumas cervejas em sua casa, mas no final acabou acertando-o com um halter de academia e o estrangulou até a morte.

Desde então começamos notar o sentimento de posse ou de tentar controlar a coisas, Jeffrey não queria que as pessoas fossem embora já que se sentia solitário e deprimido muita das vezes e quando encontrava uma oportunidade não queria abandoná-la.

 O serial killer tinha como costume levar suas vítimas para casa e desacordá-las com algum medicamento, normalmente misturado com alguma bebida. Depois, as estrangulava ou injetava ácido ou água fervente em seus crânios para matá-las.

Basicamente o serial killer vive uma vida dupla, mantendo uma aparência voltada para a sociedade, muitas vezes sendo uma pessoa gentil, racional e que interage com o meio social, porém, sua verdadeira identidade é mostrada somente para suas vítimas: um ser dissimulado e incapaz de sentir pena e de obter satisfação com tortura, estupro e assassinato.

Dahmer chegou a matar 17 jovens, sendo eles na sua maioria negros e gays. Em sua última casa antes de ser preso foram encontradas diversas fotos das vítimas na qual ele tirava foto. Chegava até praticar canibalismo em algum dos casos.

“Canibais costumam ser pessoas inseguras e não conseguem ter um relacionamento comum. Alimentar-se de suas vítimas dá a eles uma sensação de poder, já que a vítima nunca poderá deixá-los. Eles não estão interessados em ver suas vítimas sofrendo, como Ted Bundy (outro assassino em série famoso), ou em sadismo. Eles apenas querem acesso ao corpo.”

Conversando com um serial killer: O Canibal de Milwaukee

Foi preso no dia 22 de julho de 1991 na tentativa de levar outra pessoa para seu apartamento, mas a vítima conseguiu fugir e chamar a polícia. Ele não tinha proximidade com ninguém dentro da prisão e tinha um comportamento muito estranho com os outros detentos. Até que um dia acordou para realizar seus trabalhos junto com outros dois presos e acabou sendo encontrado ferido no chão da prisão. Foi levado com vida ainda para ser socorrido mas uma hora depois acabou surgindo a notícia que não acabou resistindo.